Falar sobre perdão sempre mexe com a gente. Talvez por já termos sentido a dor de uma decepção ou até mesmo por termos tido dificuldades em perdoar a nós mesmos. Mas, como caminhar pelo dia a dia praticando o perdão sem deixar de lado quem somos e o cuidado que merecemos? Essa é uma das reflexões presentes no devocional “Virtuosa”, escrito pela autora Wanessa Nery Guedes, que valoriza o fortalecimento da identidade feminina à luz da fé em Deus e do autoconhecimento. Aqui, vamos conversar sobre isso. Sem respostas mágicas, só passos possíveis.
Entendendo o perdão no cotidiano
O perdão, no fundo, é simples e complexo ao mesmo tempo. Simples porque, em essência, é escolher não carregar ressentimento. Complexo porque envolve cicatrizes, memórias, limites e escolhas.
Perdoar não é esquecer. É decidir viver livre do peso.
No cotidiano, o perdão aparece de formas inesperadas: uma conversa atravessada no trabalho, um olhar torto dentro de casa ou até um julgamento sobre quem somos. A resposta a tudo isso nem sempre surge na hora; exige paciência e compaixão.

O que o autocuidado tem a ver com isso
Sempre ouvimos que perdoar é libertador, mas e quando perdoar parece anular quem somos? O autocuidado surge como uma proteção para que o perdão não vire submissão ou, pior, autonegligência.
- Reconheça seus sentimentos: você pode admitir que ficou magoada sem se sentir culpada.
- Não negue os seus limites: ninguém precisa voltar para situações tóxicas para provar que perdoou.
- Acolha seu tempo: o seu processo de perdão é só seu. Pode levar dias ou anos.
O autocuidado é escutar quando o corpo e a alma pedem pausa, distância, silêncio ou até ajuda. Sinalizar esses limites é amor. Amor ao próximo e a si mesma.
Passos simples para praticar o perdão sem abrir mão de si
Praticar o perdão diariamente, sem perder o autocuidado, não é linear. Cada pessoa encontra seu ritmo. Mas alguns passos podem tornar o caminho mais leve.
- Aceite suas dores sem se julgar.
Sentir raiva, tristeza ou frustração faz parte. Não reprima essas emoções. Observe, sinta, escreva, converse com alguém de confiança. O devocional “Virtuosa”, de Wanessa Nery Guedes, provoca reflexões sinceras sobre o poder da vulnerabilidade.
- Decida conscientemente perdoar.
Mesmo que o sentimento não acompanhe de imediato, tomar uma decisão racional ajuda a mente e o coração a encaminhar o processo.
- Defina seus próprios limites.
Perdoar não significa se expor para ser ferida novamente. O respeito por si mesma fortalece o perdão verdadeiro.
- Ore ou medite.
Se a fé faz parte da sua caminhada, converse com Deus. Peça clareza, caminho e força. Como Wanessa incentiva em seu livro, entregar as dores nas mãos do Pai nos aproxima de uma paz duradoura.
- Pratique a gratidão e a presença.
Às vezes, estamos tão presos à mágoa que esquecemos das coisas boas ao redor. Observe pequenos detalhes. Agradeça pelo agora.
Seu processo é único. Não compare sua caminhada com a de ninguém.
Desmistificando o perdão: o papel do aprendizado
Não é raro confundir perdão com volta ao convívio, reconciliação ou até mesmo aprovar o erro alheio. Na verdade, perdoar é, antes de tudo, um processo interno. Reaprendizado. Aprender a conviver consigo, sem carregar o fardo do outro.
- Não há perdão perfeito: às vezes, vamos tropeçar nessas emoções novamente, mesmo achando que já perdoamos.
- Você pode perdoar e seguir caminhos diferentes: manter distância pode fazer parte do cuidado com sua própria saúde mental e emocional.
- O autoconhecimento facilita: refletir sobre o que ficou, o que mudou e no que ainda dói nos faz crescer.
Quando o perdão se torna autossabotagem?
Há situações em que insistir em perdoar pode se transformar em um peso, principalmente se o ciclo de dor continua se repetindo. A ideia nunca é se anular em nome do perdão. Se você sente que o autocuidado está ficando para trás, talvez seja hora de rever.
Perdoar não é se colocar em perigo.
Dizer “sim” para o que Deus quer fazer em sua vida, propósito que a Wanessa Nery Guedes defende com firmeza, inclui dizer “não” para repetições que ferem sua história e sua essência.

Histórias reais e pequenos desafios
Cada história é única. Talvez um desapontamento no trabalho, uma amizade que se perdeu, ou uma dor antiga na família.
O livro “Virtuosa” compartilha relatos reais, mostrando que ninguém está sozinho nessa estrada. O perdão amadurece à medida que enfrentamos pequenos desafios diários, sempre atentos ao nosso próprio cuidado.
Uma frase que costuma ajudar é:
Eu posso perdoar, ainda que precise me afastar.
Isso quebra aquele padrão de que a mulher cristã deve aceitar tudo. O legado de fé também é construído por escolhas de proteção e amor próprio.
O perdão como legado
Perdoar não é um evento, mas um caminho. E, nesse caminho, o autocuidado é ainda mais indispensável. Ele é o que sustenta a continuidade e o sentido da jornada.
Ao trilhar esse percurso, você constrói não só uma vida mais leve, mas inspira outras mulheres a reencontrarem propósito, fé e autodescoberta. Isso faz parte do que Wanessa Nery Guedes propõe às leitoras de seu devocional: ser virtuosa, integral e livre.
Conclusão
Praticar o perdão no cotidiano é uma escolha diária que exige coragem, honestidade e carinho consigo mesma. Ao reconhecer seus sentimentos, estabelecer limites e se apropriar do seu processo, você não apenas perdoa, mas também protege e honra quem você é.
Se você deseja fortalecer sua identidade, aprofundar seu relacionamento com Deus e viver uma proposta de fé que respeita sua singularidade, conheça o livro “Virtuosa” de Wanessa Nery Guedes. Permita-se dizer sim ao que Deus pode realizar na sua história.
Perguntas frequentes
O que é o perdão no cotidiano?
O perdão no cotidiano é o ato de liberar ressentimentos e mágoas em situações comuns do dia a dia, sejam elas pequenas ou grandes. Pode se manifestar em discussões, mal-entendidos ou decepções rotineiras. Trata-se de uma prática contínua que ajuda a manter relacionamentos mais saudáveis e o coração mais leve.
Como perdoar sem perder o autocuidado?
Perdoar sem perder o autocuidado envolve reconhecer e acolher seus próprios sentimentos, estabelecer limites claros e respeitar o seu tempo de cura. Não é necessário se expor novamente à dor para provar que perdoou. Você pode perdoar alguém e ainda assim escolher manter distância, preservando seu bem-estar.
Quais os benefícios de praticar o perdão?
Ao praticar o perdão, você experimenta alívio emocional, melhora relacionamentos, reduz o estresse e colabora para a saúde mental. O perdão também pode fortalecer sua fé, trazer paz interior e promover maior autoconhecimento, temas tratados de perto por Wanessa Nery Guedes em seu livro.
Perdoar sempre significa aceitar o erro?
Não. Perdoar é libertar-se do ressentimento, mas não obriga a aceitar ou concordar com o erro cometido. É possível perdoar e ainda assim manter o respeito pelos próprios limites, protegendo-se de novas situações que possam causar sofrimento.
Como saber se já perdoei alguém?
Você percebe que já perdoou quando pensa na situação ou na pessoa e não sente mais raiva, dor ou desejo de vingança. Não quer dizer que esqueceu, mas que se libertou do peso emocional. Perdoar é um processo; algumas sensações podem voltar, mas a necessidade de reviver a mágoa diminui bastante.