Quando eu penso em renovação espiritual e crescimento pessoal, imediatamente me lembro do jejum. Essa prática ancestral, tão presente em muitas jornadas de fé, inclusive na minha, sempre esteve relacionada a um convite para pausar, refletir e buscar o que há de mais precioso: a vontade de Deus.
No meu caminho como autora cristã e na criação do livro devocional "Virtuosa", percebi que o jejum é mais do que não comer. É um gesto de entrega. É dizer sim para o que Deus quer revelar. Hoje, quero compartilhar um pouco do que aprendi sobre os vários tipos de jejum, os propósitos por trás dessa prática e, claro, como equilibrar tudo isso sem perder o sentido verdadeiro do jejum.
O que é jejum?
Antes de ir direto para os tipos, sempre me perguntam: afinal, o que é jejum? Jejum é a abstenção voluntária de alimentos (ou de algo que gostamos) por determinado tempo, com o objetivo de buscar maior conexão espiritual, autoconhecimento ou até benefícios físicos. Mas cada pessoa traz um significado muito pessoal quando decide jejuar.
Jejum não é sobre privação, é sobre propósito.
Principais tipos de jejum
Que tal entender, de forma prática, quais são as maneiras mais comuns de jejuar? Cada um tem um foco e traz mudanças reais, tanto no corpo quanto no coração.
Jejum total
É aquele em que a pessoa se abstém de qualquer alimento ou bebida por um período, geralmente curto, sempre sob orientação e com foco espiritual. Na Bíblia, há relatos de jejuns totais realizados em momentos especiais, normalmente não prolongados.
Jejum parcial
Conhecido também como jejum de Daniel, consiste em excluir certos alimentos—como carnes, doces, bebidas industrializadas—por um período estabelecido.
- Jejum de sucos: só se consome sucos naturais e água.
- Jejum sem doces: elimina apenas doces.
- Jejum de um tipo de refeição: por exemplo, não tomar café da manhã.
Jejum intermitente
Muito comentado hoje em dia, o intermitente une a busca espiritual e benefícios ao corpo. Consiste em alternar períodos de alimentação com períodos de jejum total ou parcial. Os protocolos mais famosos envolvem ficar sem comer por 12, 16 ou até 24 horas.
Confesso, já testei algumas dessas abordagens. Para mim, o mais importante não foi apenas o tempo, mas o motivo pelo qual eu estava escolhendo jejuar.
Propósitos do jejum
O foco do jejum, para mim, vai muito além da balança ou de restrições alimentares. Quando escrevi sobre superação e cura interior no meu devocional "Virtuosa", foquei em propósitos como:
- Buscar direcionamento de Deus
- Renovar a mente e o coração
- Quebrar padrões negativos e medos
- Interceder por causas, pessoas ou momentos especiais
- Treinar a disciplina e o autocontrole
Vejo o jejum como uma ferramenta que nos tira do piloto automático. Ele coloca meu foco nas pequenas entregas diárias, lembra sobre a necessidade de confiar e fortalece virtudes já plantadas por Deus em nós, como escrevi para tantas mulheres no "Virtuosa".
Jejum e saúde física: o que dizem os estudos?
É comum ouvir sobre os benefícios físicos do jejum, principalmente para quem busca uma vida mais saudável. Dados do IBGE indicam um aumento significativo nos índices de sobrepeso entre adolescentes no Brasil nas últimas décadas, e estudos reforçam a necessidade de repensar hábitos alimentares e autocuidado (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além disso, uma pesquisa da Universidade Federal da Bahia mostrou que a composição corporal pode mudar de acordo com os horários e tipos de dieta ou jejum, destacando a importância de equilíbrio e individualização (um estudo da Universidade Federal da Bahia analisou o efeito de diferentes dietas).
No meu caso, percebo que o jejum, quando feito com intenção e cuidados, traz leveza mental e espiritual. Mas não substitui cuidados médicos. É autoconhecimento, não imposição.
Como praticar o jejum de forma equilibrada?
Nem todo jejum é sobre quantidade de tempo. Às vezes, é sobre intenção. Para praticar de modo equilibrado, compartilho algumas dicas que aprendi, errei e recomecei:
- Defina o propósito: sem clareza, o jejum vira só dieta ou cobrança
- Comece devagar: escolha períodos menores, observe seu corpo e percepções
- Pare se sentir desconforto: tontura, fraqueza ou tristeza extrema são sinais para pausar
- Ore ou reflita durante o jejum: isso fortalece o verdadeiro sentido
- Beba água: a não ser que seu médico oriente o contrário
- Não compare sua jornada: cada experiência é única
Quando criei as reflexões do "Virtuosa", pensei em como muitas mulheres caem na armadilha de fazer do jejum apenas mais uma lista para cumprir. Mas preciso dizer: o jejum deve ser fonte de descanso e conexão, nunca de culpa ou autosabotagem.
Respeite seu corpo. Não existe jejum perfeito, existe jejum sincero.
Jejum além da comida
Muita gente se esquece que é possível jejuar de várias formas: redes sociais, séries, compras ou qualquer coisa que gere dependência. Já pratiquei também o chamado jejum de distrações, afastando tudo aquilo que roubava meu foco do que realmente importava.
Experimente uma dessas variações se você sentir que precisa de espaço mental ou quer fortalecer virtudes como autocontrole e gratidão. Falei bastante sobre isso nas páginas do "Virtuosa", porque acredito que esses pequenos jejuns transformam o dia a dia sem grandes regras, só com novas prioridades.
Quando o jejum não é indicado?
Se existe uma verdade universal, é que cada pessoa carrega sua história. Gestantes, crianças, pessoas com doenças crônicas, idosos ou quem já teve transtornos alimentares devem consultar profissionais antes de iniciar qualquer jejum. E, claro, nunca faça jejuns prolongados sem acompanhamento médico.
E aqui vai minha opinião pessoal: jejum praticado com equilíbrio nunca adoece, ele vira ponte entre você e as promessas de Deus.
Se for para jejuar, que seja para se tornar mais leve e conectada consigo mesma.
Conclusão
O jejum é um ritual de entrega, descoberta e renovação. Não importa o tipo, a real diferença acontece dentro, onde ninguém vê. Se você busca um caminho de fortalecimento interior e crescimento espiritual, convido você a conhecer mais sobre meu devocional "Virtuosa". Ali, mulheres como você podem encontrar inspiração para transformar não só o corpo, mas também o coração, vivendo todos os jejuns e propósitos com equilíbrio e propósito. Se quiser conversar, tirar dúvidas ou compartilhar sua experiência, é só entrar em contato. Sua história pode se tornar fonte de luz na vida de outras mulheres. Vamos juntas?
Perguntas frequentes sobre jejum
O que é jejum intermitente?
Jejum intermitente é um padrão alimentar onde a pessoa alterna períodos sem comer (jejum) com períodos de alimentação. Os protocolos mais comuns são de 12h, 16h ou 24h sem ingerir calorias. Não é uma dieta fixa, mas um método que pode ser ajustado conforme as necessidades de cada um.
Quais os tipos de jejum mais comuns?
Os jejuns mais comuns são: total (sem alimentos ou bebidas), parcial (restrição de certos alimentos), intermitente (alternância de jejum e alimentação), jejum de líquidos (apenas líquidos permitidos) e jejuns de mídias ou distrações. Cada tipo tem sua proposta e pode ser ajustado à intenção de quem pratica.
Jejum faz bem para a saúde?
O jejum praticado com equilíbrio pode fazer bem para a saúde física e mental, segundo pesquisa da Universidade Federal da Bahia. Porém, não existe receita universal e ele não deve ser visto como solução milagrosa para problemas de saúde ou peso. Consultar um profissional é sempre recomendado.
Como começar a praticar jejum?
Comece escolhendo qual tipo de jejum faz sentido para seu momento. Defina um propósito claro. Inicie por períodos de tempo mais curtos e observe as respostas do seu corpo. Foque na motivação interna e ajuste a prática conforme se sentir confortável. E, se puder, compartilhe sua experiência com alguém de confiança.
Quais cuidados devo ter ao jejuar?
Respeite suas condições de saúde, hidrate-se, não prolongue além do que consegue suportar e não faça jejuns extremos sem acompanhamento médico. Evite autocrítica caso não consiga cumprir como planejou. O equilíbrio, sempre, é a chave para que o jejum seja saudável e traga frutos reais para seu corpo, mente e espírito.
